Pinguim-de-magalhães
O pinguim-de-magalhães (Spheniscus
magellanicus) é um pinguim sul-americano característico
de águas temperadas.
A espécie habita as zonas costeiras da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas (ou Falkland
Islands, em inglês, o idioma falado pelos habitantes
desta ilha), migrando por vezes até ao Brasil no Oceano Atlântico ou até ao Peru, no caso das
populações do Oceano Pacífico.
Estes animais são classificados no género Spheniscus juntamente
com o pinguim-das-galápagos e o pinguim-de-humboldt.
O pinguim-de-magalhães é uma ave de médio porte, com cerca de 70
centímetros de comprimento e 5 a 6 kg de peso.
A sua plumagem é negra nas costas e asas e branca na zona ventral
e no pescoço. A maior parte dos exemplares tem na cabeça uma risca branca, que
passa por cima das sobrancelhas, contorna as orelhas e se une no pescoço, e uma
risca negra e fina na barriga em forma de ferradura. Os olhos, bico e patas são
negros.
Como todos os membros da sua ordem, o pinguim-de-magalhães
alimenta-se no mar, à base de peixe, lulas, krill e outros crustáceos.
Eles saem para caçar em pequenos bandos de 5 a 10 elementos e
podem mergulhar até aos 90 metros de profundidade.
O pinguim-de-magalhães vive e reproduz-se em colónias muito
populosas que partilham com outras espécies de pinguim, em particular com
o pinguim-saltador-da-rocha nas Ilhas
Malvinas. As aves são bastante fiéis a estes locais e há colónias na Argentina
com mais de
cem anos de história de ocupação. Durante a época de reprodução,
que vai de Setembro a Fevereiro, os pinguins-de-magalhães formam casais
monogâmicos que partilham a incubação e cuidados parentais. Os ninhos são
construídos no chão à superfície ou em pequenas tocas.
A fêmea põe dois ovos brancos que levam entre 39 a 42 dias a
incubar. As crias são alimentadas por ambos os pais durante os dois meses
seguintes, tornando-se independentes logo de seguida.
As populações de pinguim-de-magalhães sofreram um decréscimo de
20% ao longo das duas últimas décadas, em especial nas Malvinas, mas apesar disso o IUCN classifica a espécime como tendo um baixo
risco de extinção.