quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Devotos de Nossa Senhora Aparecida


Presente

Presente

          Na  verdade o que vou falar, não é de presente de que se recebe, mas sim do momento que estamos vivendo, no corre-corre do dia a dia da vida, tudo é impossível ao mesmo tempo. Hoje quando falei ao telefone para saber a onde meus filhos iriam passar a meia noite recebi uma resposta que não gostei, pois sempre passei o natal perto deles, acho que isso está começando a mudar, mas ainda conseguir passar alguma horas com eles, não era o que eu queria mas já foi ótimo.

          Primeiro dormir e acordei com a casa cheia de gente, parecia que eu estava em outro ambiente,  mas tratei de melhorar e fui em busca do meu presente, meus filhos. Tirei algumas fotos e depois peguei minha moto para sair, a principio não queria que eu saísse, pois eu só queria ver meus filhos para mim naquele momento era uma questão de honra e fui.

          Cheguei no lugar onde eles estavam,  chamei e abracei com muita emoção e amor no meu coração, como não fui chamado para entra, fiquei ali mesmo,  mas não  fui lá para essa condição pois só queria ver meus filhos. Então sair sem rumo e fui parar em Aparecida de Goiânia, na casa da minha avó, na verdade não sei nem o que fui fazer lá,  pois disse para mim mesmo que não iria passar o natal em lugar nenhum muito menos para o lado de lá.

          Mas tudo bem, quando me vi já estava eu tirando foto  da família da minha mãe tirando fotos, comi algo e tratei logo de sair de lá pois não eram todos que gostaria de encontrar ali, fui até a casa de uma amiga que conheci num lugar especial,  pois já nos conhecíamos  mas foi ali dentro  que fizemos uma amizade que espero que dure para sempre, então comecei a tirar foto pois é o que eu mais sei fazer e gosto e ela doida para me servir algo e disse que não pois só fui lá dar um grande abraço nela e também ó se eu fosse um elefante pois já tinha jantado na mãe do meu pai e depois jantei de novo na mãe da minha mãe ai não tinha como comer mais, tirei as fotos e sair correndo pois o meu corpo estava lá mas meu coração estava no presente que já tinha virado passado.

          Como eu sou filho do dono do ouro e da prata não mim contentei com migalhas, tratei de voltar logo para onde meus filhos estavam o engraçado que acabei passando a meia noite na BR 153 de baixo da chuva, correndo em minha moto se poder e tendo consciência disso.

           Porque eu queria viver o presente e vivi o presente mais lindo da minha vida que foi ter meus filhos por alguns momentos em meus braços e ainda eternizei esse presente, para resto da minha vida com minha câmara digital.

Escrita no dia 25/12/2007 as 03h33min -por Luciano Magalhães

Prisioneiro de mim mesmo

Prisioneiro de mim mesmo

Me sinto preso dentro de mim, pois não consigo liberar todas as minhas vontades, queria poder voar, sair por ai e viver o mundo livre, mas não posso, eu quero expressar meus sentimentos,  mas  não consigo a vida me prende.
Mas o que mim prende? O lugar onde eu estou? A vida que estou vivendo? Ou o momento que estou passando? Não sei, sei que me sinto preso dentro de mim mesmo. A vida tem muitas escolhas e não sei qual escolher, pois nem sei quem sou, olho ao meu arredor e vejo grades, portas fechadas e pessoas que as vezes não querem te entender ou melhor te tratam como doidos.
No fundo gosto desse lugar pois tenho medo da realidade lá de fora não sei como encarar, há se eu pudesse voltar no tempo, não estaria aqui, mas não posso e se pudesse em que tempo voltaria? Não sei! Aos meus dez anos quando tudo era diferente e eu estava descobrindo o mundo e o entendendo melhor, ou nos meus quinze anos e teria feito melhor a minha tentativa de suicídio e hoje eu não estaria aqui! Ou quando perdi minha mãe e anos antes poderia ter dito a ela o quanto eu o amava. E meu pai? Nem gosto de falar disso pois não perdi um pai e sim um grande amigo que sabia tudo sobre a minha vida.
Nessa época me revoltei com Deus, mas peço perdão todos os dias pois sei que ele sempre mim livrou de todos os suicídios que tentei. Poderia voltar no tempo em que conheci minha amiga e mãe dos meus filhos, foi quando eu conheci a beleza de ser pai, ou meses antes de aceitar a trabalhar num local que logo mais tarde me levaria  preso e algemado e me colocaram numa cela por alguns minutos por uma grande injustiça na minha vida, ou melhor, quando aceitei a trabalhar na prefeitura e agüentar 6 anos ali e até a mim sujeitar a prestar um concurso para jardineiro o qual choro desde o primeiro dia de trabalho, mas não tenho coragem e não tive até hoje de jogar tudo para o alto e começar outra vez, porque o recomeço é muito ruim.
Então estou aqui com uma coisa que já sei que não vai sair de mim pois não sei se quero ser libertado de mim mesmo, acho que na verdade gosto de ser prisioneiro de mim mesmo.

Luciano Magalhães 19/12/2007 as 11he5min